segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Desespero pode aumentar risco de AVC

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Investigadores norte-americanos afirmam que as mulheres de meia-idade com sentimentos de desespero podem estar em risco de desenvolver AVC's.
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A equipa de investigadores analisou 559 mulheres com uma média de 50 anos de idade, e que em geral eram saudáveis, sem sinais de problemas clínicos cardiovasculares.
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Foram realizados questionários de forma a averiguar as expectativas das participantes em relação ao seu futuro e objectivos pessoais.
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O estudo demonstrou que o desespero, isto é, pensamentos negativos e sentimentos de inutilidade, afectava as artérias independentemente da depressão clínica, e antes das mulheres desenvolverem doenças cardiovasculares relevantes.
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O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma doença provocada por um distúrbio na corrente sanguínea de uma parte do cérebro devido à oclusão ou à ruptura de um vaso sanguíneo. A interrupção da corrente sanguínea priva o cérebro de nutrientes e oxigénio, resultando na lesão das células na zona do cérebro afectada.(farmacia.com.pt)
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Stress na infância associado a um maior risco de úlceras na idade adulta

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Estudo finlandês afirma que as pessoas que tiveram uma infância difícil podem enfrentar um risco maior de desenvolver úlceras no estômago na vida adulta.
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A pesquisa envolveu cerca de vinte mil adultos, tendo constatado que determinadas adversidades durante a infância, como problemas financeiros na família, conflitos crónicos ou doenças, estavam associadas a um maior risco de úlceras.
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Apesar das razões não terem sido ainda desvendadas, os investigadores acreditam que essa associação faz sentido, até porque essas adversidades podem ser marcadores de baixo rendimento e piores condições de vida.
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Estes factores aumentam os riscos de infecção pela bactéria Helicobacter pylori, que em determinadas condições pode ser responsável pela maioria das úlceras.
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Os autores do estudo acrescentaram que o hábito de fumar, o consumo excessivo de álcool e o uso regular de fármacos anti-inflamatórios são associados como os principais factores de risco para as úlceras pépticas.
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O stress também foi reconhecido como um factor de agravamento do problema, embora sejam necessários mais estudos para confirmar essa associação.(farmacia.com.pt)
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Substância presente no chocolate pode prejudicar a saúde do feto

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Estudo realizado em Porto Alegre sugere que alimentos ricos em flavonóides podem prejudicar a saúde do bebé.
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Segundo a equipa de investigadores, os alimentos ricos em flavonóides, como o chocolate, a uva ou azeite, podem prejudicar a saúde do bebé caso sejam consumidos em excesso pela gestante durante os últimos meses da gravidez.Os especialistas acreditam que os flavonóides inibem a produção de uma substância que regula a saída de sangue do coração do feto.
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Após a avaliação de 102 fetos expostos a alimentos ricos em flavonóides, e 41 fetos cujas mães não tiveram muitos desses alimentos na dieta, os investigadores notaram alterações na dinâmica do coração daqueles expostos a essas substâncias.
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As análises revelaram que a redução na produção de prostaglandina, causada pela ingestão dos flavonóides durante o terceiro trimestre da gravidez, diminui a passagem do sangue do coração do feto para a corrente sanguínea, podendo provocar um acumular do sangue no coração.
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Os investigadores acreditam que os flavonóides possuem propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias que são benéficas para a maioria das pessoas. No entanto, não é certo ainda qual a quantidade segura para o bebé durante a gestação, sendo por isso aconselhável que as grávidas limitem a ingestão de alimentos ricos na substância.(farmacia.com.pt)
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Natação pode ajudar contra a asma na infância

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Um estudo efectuado pela Universidade Médica de Taipei, na Tailândia, veio confirmar o que os médicos há muito acreditavam e recomendavam aos seus pacientes: a natação pode ser bastante eficaz contra a asma em crianças e adolescentes.
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Segundo os autores da pesquisa, para além de não provocar ataques de asma, como acontece em outros desportos, promove o desenvolvimento físico e psicológico, promovendo ainda o desenvolvimento do volume dos pulmões e técnicas de respiração.
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A equipa de investigadores dividiu as crianças com idades entre os sete e os doze anos em dois grupos. Um participou num programa de natação durante seis semanas, para além do tratamento regular para a asma, enquanto que o segundo fez apenas tratamento convencional.
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Apesar de todas as crianças terem apresentado melhorias, aquelas que fizeram natação tiveram melhores resultados e benefícios adicionais em termos físicos.
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"A natação não é apenas uma excelente forma de exercício para as crianças com asma, os seus benefícios para a saúde continuaram a ser observados por pelo menos um ano após a conclusão do programa de natação”, afirmaram os autores, recomendando a natação como uma abordagem complementar ao tratamento convencional da asma.(farmacia.com.pt)
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Novo remédio pode evitar quatro mil AVC por ano

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Fármaco para doentes com fibrilhação auricular é mais fácil de tomar e não interfere com outros remédios. Os doentes deixam de ter de fazer análises regulares e de ajustar as doses a tomar
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Um novo tratamento poderá evitar que quatro mil portugueses sofram um acidente vascular rerebral (AVC) todos os anos. Actualmente, há cem mil doentes com fibrilhação auricular, a forma mais comum de arritmia, e que é responsável por "cerca de cinco mil AVC todos os anos", um quinto dos registados no País, revela ao DN Jorge Ferreira, cardiologista no Hospital de Santa Cruz.
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O medicamento mais utilizado até aqui prevenia "66% dos AVC nestes doentes". No entanto, só 25% estavam devidamente controlados e só metade do universo total podia ser tratada com este fármaco. "Com o novo produto, só uma minoria ficará de fora", esclarece, acrescentando que se espera a aprovação no mercado europeu em 2010. Os primeiros resultados da substância dabigatran foram apresentados ontem no Congresso da Sociedade Europeia de Cardiologia e publicados no New England Journal of Medicine. A fibrilhação auricular é a arritmia cardíaca e vai afectar 25% da população ao longo da vida. Esta perturbação que impede que o sangue seja bombeado, está associada à formação de coágulos, por- que o sangue estagna. É por isso que o risco de AVC quintuplica e o de morte duplica.
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Stuart Connoly, investigador principal do estudo RE-LY, explica que "o objectivo era encontrar um remédio com bons resultados em termos de segurança e eficácia, mas que não obrigasse a fazer monitorização regular" com análises. A varfarina, a molécula que era usada na prevenção de AVC e da formação de coágulos noutras áreas além do cérebro, era a solução mais eficaz até aqui (a aspirina é a alternativa com menos sucesso). No entanto, as doses administradas tinham de ser ajustadas frequentemente", refere Stefan Hohnloser, professor de Medicina e Cardiologia na Universidade Goethe, em Frankfurt (Alemanha).
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A monitorização dos doentes que tomavam varfarina tinha de ser feita pelo menos uma vez por mês. O objectivo era verificar o nível de coagulação do sangue. Se a coagulação for excessiva, formam-se trombos (coágulos); mas se a actuação do remédio for excessiva, o doente pode ter hemorragias.
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De acordo com os resultados do estudo, que envolveu 18 113 doentes de 44 países (117 dos quais portugueses), a ocorrência de AVC ou embolias sistémicas diminuiu 8% com a dose mais reduzida de 110 mg do novo produto e 34% com a dose de 150 mg, quando comparados com o remédio anterior. Já o risco de ter um AVC hemorrágico caiu respectivamente 69% e 74% em relação à varfarina, com a aplicação do medicamento nas diferentes doses e duas vezes por dia. O número de hemorragias graves na sequência do tratamento caiu 20% com a dose menor e apenas 7% com a dose maior de dabigatran. Ain- da assim, sempre abaixo do que acontecia com a varfarina, substância com mais de 50 anos. Também a mortalidade caiu 9% e 12% em relação com este produto, apesar da ligeira subida no nú- mero de enfartes e de algumas reacções adversas.(Diário de Notícias)
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domingo, 30 de agosto de 2009

Técnica genética pode "corrigir" doenças hereditárias

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Cientistas norte-americanos desenvolveram um método experimental que, futuramente, pode fazer com que mulheres portadoras de algumas desordens genéticas não transfiram esses problemas para os filhos.
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A equipa de investigadores da Oregon Health and Science University afirma que este novo método poderá impedir a transmissão genética de mães para filhos através do ADN das suas mitocôndrias, as estruturas encontradas nas células que são responsáveis pela produção de energia e pelo metabolismo celular.
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Quando o óvulo de uma mulher é fertilizado pelo espermatozóide durante a reprodução, o embrião herda quase que exclusivamente a mitocôndria da mãe, fazendo com que qualquer desordem que ela possua no seu ADN mitocondrial seja transferida para o filho.
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De forma a tentar solucionar o problema, os cientistas conseguiram, em macacos, transferir cromossomas da mãe para um óvulo doado que teve os seus cromossomas retirados, mantendo a mitocôndria saudável. Assim, foi possível fazer com que o óvulo gerasse bebés saudáveis sem herdar o problema genético da mãe.
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“Actualmente, são conhecidas 150 doenças causadas por mutações no ADN mitocondrial, e aproximadamente uma em cada duzentas crianças nascem com mutações nas mitocôndrias”, afirmou Shoukhrat Mitalipov, um dos autores do estudo.
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Entre as doenças que poderiam ser evitadas com a técnica estão algumas formas de cancro, diabetes, infertilidade e doenças neurodegenerativas.(farmacia.com.pt)
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Dieta pobre em hidratos de carbono prejudica as artérias

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Cientistas norte-amerianos afirmam que as dietas pobres em hidratos de carbono e ricas em proteínas aumentam o risco de enfartes e ataques cardíacos por serem prejudiciais para as artérias.
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A equipa de investigadores do Beth Deaconess Medical Center, da Universidade de Harvard, testou três tipos de dietas diferentes em camundongos, notando que a alimentação rica em peixes, carnes e queijo provocava danos às artérias dos roedores.
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Os animais foram divididos em três grupos, tendo o primeiro recebido uma dieta padrão, o segundo uma dieta ocidental rica em gordura, e o terceiro uma dieta pobre em hidratos e rica em proteínas.
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Após o período de 12 semanas, os investigadores analisaram os animais, tendo identificado que a dieta pobre em hidratos não tinha alterado os níveis de colesterol nos animais testados. No entanto, a equipa identificou uma diferença significativa no impacto na arteriosclerose, formação de uma placa de gordura na parede arterial que pode conduzir a ataques cardíacos e enfartes.
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Os resultados revelaram que os camundongos que receberam a dieta pobre em hidratos tinham ganho menos peso mas desenvolvido 15% mais de arteriosclerose comparativamente aos que seguiram a dieta padrão. Quanto ao grupo que recebeu a dieta ocidental registou um aumento de 9% nos níveis de arteriosclerose.
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Apesar de não terem conseguido explicar as razões desse efeito, os investigadores sugerem que as dietas pobres em hidratos podem afectar o modo como as células da medula óssea limpam os depósitos de gordura nas artérias.
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“Tudo indica que uma dieta equilibrada, combinada com exercícios frequentes é provavelmente melhor para a maioria das pessoas”, concluíram os investigadores.(farmacia.com.pt)
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Pessoas casadas têm uma probabilidade maior de sobreviver a um cancro

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De acordo com um estudo efectuado pela Universidade de Indiana, nos Estados Unidos, as pessoas casadas têm mais hipóteses de sobreviver a um cancro, enquanto que aquelas que têm um relacionamento instável podem ter mais dificuldades em combater a doença.
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Foram analisados dados de cerca de 4 mil pessoas diagnosticadas com a doença entre 1973 e 2004, tendo o grupo de casados uma probabilidade 63% maior de sobrevivência durante o período de cinco anos, contra os 45% do grupo dos separados.
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Em relação ao período de dez anos os resultados em termos de probabilidade de sobrevivência foram os seguintes: 58% para os casados, 52% para aqueles que nunca casaram, 46% para os divorciados, 41% para os viúvos e 37% para aqueles em processo de separação.
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“A identificação do stress relacionado com o relacionamento no momento do diagnóstico pode levar a intervenções precoces que podem afectar positivamente a sobrevivência”, explicaram os autores, considerando que o amor e apoio por parte do parceiro são fundamentais na luta contra a doença.(farmacia.com.pt)
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Fármaco experimental ofatumumab apresenta resultados positivos para linfoma de não-Hodgkin

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O fármaco oncológico Arzerra (ofatumumab), ainda em desenvolvimento, apresentou resultados positivos num estudo de Fase II, em combinação com quimioterapia, em pacientes com linfoma de não-Hodgkin folicular que ainda não tinham recebido tratamento.
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O estudo envolveu 58 pacientes que receberam uma de duas doses de Arzerra mais quimioterapia CHOP (ciclofosfamida, doxorrubicina, vincristina, prednisona). O objectivo primário era obter uma resposta objectiva desde o início do tratamento até três meses após a última administração do fármaco.
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Os resultados demonstraram que a taxa de resposta geral entre os pacientes tratados com a dosagem de 500 miligramas de Arzerra foi de 90 por cento, tendo 24 por cento atingido a remissão completa. Nos pacientes tratados com a dosagem de 1000 miligramas, a taxa de resposta geral foi de 100 por cento, incluindo 38 por cento de casos que atingiram a remissão completa.(farmacia.com.pt)
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VIH: Intelence pode provocar reacções cutâneas graves

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A farmacêutica Johnson & Johnson está a alertar os médicos para o reforço de um alerta de segurança do fármaco Intelence (etravirina), relativamente a reacções cutâneas graves nos pacientes com VIH tratados com o fármaco.
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A companhia actualizou o aviso após relatos de um caso mortal devido a uma reacção cutânea, denominada necrólise epidérmica tóxica, e outro caso de insuficiência renal devido a uma reacção de hipersensibilidade grave, tendo este paciente recuperado.
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O Intelence já inclui um alerta acerca do risco de reacções cutâneas graves, mas em ensaios clínicos a taxa de reacções cutâneas graves ou alérgicas foi inferior a 0,1 por cento.
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Contudo, o tratamento com Intelence deve ser descontinuado caso o paciente desenvolva uma reacção cutânea grave, alérgica ou sintomas de hipersensibilidade.
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O Intelence é um medicamento utilizado para o tratamento da infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH). Este pertence a um grupo de medicamentos anti-VIH designados inibidores não nucleósidos da transcriptase reversa (NNRTIs). O Intelence actua através da redução da quantidade de VIH no organismo. Tal facto irá melhorar o sistema imunitário e reduzir o risco de se vir a desenvolver doenças relacionadas com a infecção pelo VIH.(farmacia.com.pt)
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Estudo: Gardasil e Cervarix poderão ser efectivas na prevenção do cancro do pénis

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Resultados de um estudo descobriram que cerca de metade de todos os casos de cancro do pénis estão associados ao vírus do papiloma humano (VPH) e que os tipos 16 e 18 são responsáveis pela maioria dos tumores provocados pelo vírus, pelo que as vacinas Gardasil e Cervarix poderão ser efectivas contra a doença.
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Com base nestas descobertas, publicadas na “Journal of Clinical Pathology”, os investigadores concluíram que as vacinas contra o cancro cervical, a Gardasil da Merck & Co. e a Cervarix da GlaxoSmithKline, que se direccionam a estas e outras estirpes do VPH, provavelmente serão efectivas na prevenção do cancro do pénis.
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Os investigadores realizaram uma revisão de 31 estudos, publicados desde 1986 até Junho de 2008, que avaliaram a prevalência do vírus do papiloma humano num total de 1466 homens com cancro do pénis. A equipa de investigação descobriu que o vírus do papiloma humano estava presente em 46,9 por cento dos casos.
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Os autores referiram que, embora o carcinoma do pénis seja uma doença rara, cerca de 7 mil casos poderiam ser prevenidos anualmente pela erradicação das estirpes 16 e 18 do VPH.
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Os investigadores relataram que a efectividade destas vacinas nos homens ainda está a ser investigada, mas as evidências ate à data sugerem que são seguras e que têm a capacidade de induzir uma resposta imunitária.(farmacia.com.pt)
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Mulheres com apneia do sono sofrem mais disfunções sexuais

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Segundo um estudo publicado na revista científica Sleep and Breathing, a prevalência de disfunções sexuais é elevada em mulheres que sofrem de apneia obstrutiva do sono, uma condição marcada pela interrupção da respiração pela boca e/ou nariz durante alguns segundos, várias vezes durante o sono.
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Os autores do estudo afirmam que esses problemas respiratórios podem prejudicar o desejo sexual feminino, alterando as respostas psicológicas e fisiológicas do corpo frente aos estímulos sexuais.
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"As disfunções sexuais em pacientes do sexo masculino com apneia obstrutiva do sono são bem descritas, mas não em pacientes do sexo feminino", afirmaram os autores.
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Durante o estudo foram analisadas 21 mulheres que sofriam de apneia obstrutiva do sono, e 11 mulheres saudáveis, todas na pós-menopausa.
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As análises demonstraram que, entre aquelas que tinham apneia, mais de 52% tiveram uma má pontuação no índice de função sexual feminina, enquanto que no grupo de mulheres sem problemas respiratórios não foram registados casos que indicassem esses problemas, sendo que eles ocorriam independentemente da obesidade, gravidade da apneia ou distúrbios de humor.
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"No nosso estudo descobrimos que a prevalência de disfunção sexual é alta entre mulheres com apneia obstrutiva do sono. Os médicos devem rotineiramente avaliar as mulheres com apneia para disfunção sexual", concluíram os autores do estudo.(farmacia.com.pt)
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Saliva pode ajudar a detectar cancro oral precocemente

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Com o objectivo de arranjar métodos de detecção de cancro oral, uma equipa de investigadores descobriu que a saliva contém pelo menos 50 microRNAs (pequenos RNAs, com cerca de 20 a 22 nucleótidos, resultantes da clivagem de um RNA maior não codificante que possui uma estrutura secundária em gancho) que podem ajudar na prevenção da doença.
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A equipa de investigadores norte-americanos mediu os níveis de microRNAS na saliva de cinquenta pessoas com cancro oral, e cinquenta pessoas saudáveis, tendo identificado pelo menos cinquenta microRNAs que podem estar associados à doença.
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"A cavidade oral é um espelho para a saúde sistémica e muitas doenças que se desenvolvem noutras partes do corpo e têm manifestações a nível oral", afirmou o autor do estudo David Wong.
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Apesar destes resultados, David Wong afirma que são necessários mais estudos para aprofundar estes valores em maior escala.(farmacia.com.pt)
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quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Obesidade associada a um maior risco de Alzheimer

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O excesso de peso e a obesidade podem levar a um encolhimento de algumas áreas do cérebro, bem como a um maior risco de desenvolver a doença de Alzheimer. Esta é a opinião de investigadores norte-americanos que compararam o cérebro de 95 idosos, incluindo pessoas com peso a mais, obesidade e peso normal, tendo descoberto uma diferença significativa entre eles.
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Os resultados revelaram que as pessoas obesas apresentavam tecido cerebral 8% vezes menor comparativamente a pessoas com peso normal, tendo o excesso de peso sido associado a uma redução de 4% do tecido cerebral. As análises revelaram ainda que as regiões mais afectadas pela redução, nomeadamente nos lobos frontal e temporal, áreas importantes do cérebro para o planeamento e para a memória, e ainda em regiões envolvidas na atenção e funções executivas e no movimento.
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Os especialistas acreditam que essa perda de massa cerebral pode ser responsável por importantes deficits cognitivos."É uma grande perda de tecido, e ela esgota as suas reservas cognitivas, colocando a pessoa num risco muito maior de Alzheimer e outras doenças que atacam o cérebro", afirmou Paul Thompson, líder do estudo.
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O risco da doença de Alzheimer pode ser reduzido através de uma alimentação saudável, praticamente regularmente exercício físico e mantendo o peso sob controlo, acrescentaram ainda os investigadores.
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Apesar dos resultados, são necessários mais estudos para confirmar a relação entre a obesidade e problemas cognitivos, e desvendar as possíveis razões e mecanismos envolvidos.(farmacia.com.pt)
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Tratamento experimental pode combater distrofia muscular

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Investigadores britânicos afirmam que alguns pacientes injectados com uma molécula terapêutica demonstraram conseguir produzir uma proteína crucial que carece em pacientes com distrofia muscular de Duchenne.
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Para já o referido tratamento é apenas aplicável para cerca de 13% das pessoas com esta doença genética, mas os cientistas estão esperançados que moléculas similares possam expandir o tratamento para um maior número de pacientes. Estas moléculas actuam através de "ultrapassarem a vez" às porções do gene com deficiência e que de outra forma bloquearia a produção de distrofina.
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A equipa de investigadores seleccionou sete pacientes, tendo injectado neles a molécula, resultando num aumento da produção de distrofina de uma forma segura e eficaz.Apesar de actualmente apenas 13% dos pacientes com DMD possam beneficiar com a molécula, denominada por AVI-4658, os investigadores esperam poder alargar este número para mais de 70%.
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A distrofia muscular de Duchenne (DMD) engloba um grupo de doenças genéticas que se caracterizam por uma degeneração progressiva do tecido muscular. Até o presente momento tem-se o conhecimento de mais de trinta formas diferentes de DMP’s, algumas benignas e outras mais graves, que podem atingir crianças e adultos de ambos os sexos. Todas atacam a musculatura, mas os músculos atingidos podem ser diferentes de acordo com o tipo de DMP.(farmacia.com.pt)
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Preconceito prejudica tratamento da infertilidade masculina

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Ao contrário do que acontecia antigamente, 80% dos casos de infertilidade são hoje em dia associados aos homens e mulheres de forma igualitária, sendo que os restantes 20% são factores relacionados ao casal.
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Esta é a opinião dos especialistas do Instituto Verhum, especializado neste tipo de assuntos de fertilidade.
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Os especialistas acreditam que o preconceito e a falta de informação prejudicam o tratamento pois os homens não estão muito predispostos a consultar um profissional e a realizar exames, sendo que esse preconceito surge, na maioria das vezes, no facto de se confundir impotência com fertilidade.
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Apesar da impotência significar que existe um problema em manter uma erecção, não afecta a capacidade de ter filhos. Já a infertilidade é uma doença nos órgãos reprodutivos, podendo afectar ambos os sexos, e que compromete a capacidade de gestação.
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"Após o período de 12 meses sem sucesso de gestação é necessário que o casal procure o médico para identificar o problema que está a dificultar a gravidez. É recomendado o tratamento com um especialista em reprodução humana, que norteará toda a investigação da fertilidade do casal", explicou Eduardo Pimentel, médico andrologista.
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Existem vários factores que podem comprometer a fertilidade, principalmente relacionados ao estilo de vida, como o stress, uso de anabolizantes, tabagismo, drogas e álcool.
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O tratamento para problemas de infertilidade masculina inclui técnicas de fertilização assistida, como a inseminação artificial ou fertilização in vitro, e ainda a cirurgia, nos casos de varicocele (aparecimento de varizes no testículo, prejudicando a produção de espermatozóides saudáveis).(farmacia.com.pt)
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Gripe A: Infecção será ligeira na maioria dos casos

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Ana Jorge, ministra da Saúde, realizou uma estimativa na qual considera que entre 90 a 95% das pessoas que venham a ser infectadas pela gripe A (vírus H1N1) em Portugal sê-lo-ão de forma ligeira.
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A referida ministra revelou, em sessão promovida pelos candidatos do PS às eleições legislativas, a mais de uma centena de pessoas presentes quais os cuidados a serem tomados de forma a evitar a propagação da doença, mostrando-se esperançada que a vacina esteja disponível a tempo em caso de contaminação.
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Ana Jorge aconselhou ainda a evitar espaços fechados, sobretudo quando se trata de uma grande concentração de pessoas.
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São actualmente considerados locais de referência para a gripe A os Hospitais Curry Cabral e Dona Estefânia, em Lisboa, os Hospitais de São João e de Santo António, no Porto, os Hospitais da Universidade de Coimbra, o Hospital de Vila Real, o Pediátrico de Coimbra e o Hospital de Faro.(farmacia.com.pt)
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Colesterol pode provocar arritmias cardíacas

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Investigadores canadianos e franceses referiram que o colesterol pode afectar o fluxo de correntes eléctricas que geram o batimento cardíaco, provocando arritmias cardíacas.
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Os investigadores já sabem há muito que o colesterol desempenha um papel importante na regulação do sistema eléctrico do coração, mas ainda não sabiam de que forma isto acontecia.
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Os investigadores da Universidade de British Columbia, o Dr. David Fedida e a Dra. Jodene Eldstrom, juntamente com investigadores de Paris, descobriram que demasiado colesterol pode afectar as correntes eléctricas, talvez fazendo com que o coração comece a bater fora do ritmo ou pare mesmo de bater.
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Adicionalmente, os investigadores descobriram que reduzir o colesterol normalizou as estruturas subjacentes à actividade eléctrica, promovendo um batimento cardíaco regular.
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O estudo, publicado na “Proceedings of the National Academy of Sciences”, referiu que o mecanismo chave através do qual o colesterol afecta as arritmias cardíacas é o canal de potássio Kv1.5, uma proteína que facilita o fluxo de descargas eléctricas através das células cardíacas.
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O estudo revelou que o colesterol bloqueia o funcionamento destas proteínas, enquanto que reduzir os níveis de colesterol aumenta a sua função.(farmacia.com.pt)
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Obesidade associada à recorrência do cancro da próstata

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Um estudo norte-americano, publicado na revista científica “Cancer”, revelou que a obesidade aumenta o risco de recorrência do cancro da próstata tanto nos homens caucasianos como nos homens negros, confrontando investigações anteriores que sugeriam que a obesidade poderia ser mais significativa para os homens de raça negra.
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De acordo com o investigador principal, o Dr. Stephen Freedland, do Centro Médico da Universidade Duke, a obesidade leva a um pior prognóstico de cancro em ambos os grupos.
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O Dr. Freedland e o Dr. Jayakrishnan Jayachandran examinaram registos médicos de 1415 pacientes com cancro da próstata que se tinham submetido a uma prostatectomia radical. Os investigadores descobriram que a raça não tinham qualquer influência na relação entre a obesidade e a agressividade do cancro.
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O Dr. Jayachandran referiu que descobriram que um Índice de Massa Corporal (IMC) mais elevado estava associado a um aumento significativo do risco de recorrência do cancro para ambas as raças.
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Os investigadores referiram que não é clara a razão pela qual a obesidade aumenta o risco de recorrência do cancro da próstata, mas a alteração dos níveis hormonais pode ter influência.
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A obesidade está associada a níveis mais elevados de estrogénio e mais reduzidos de testosterona, podendo acontecer que os níveis mais baixos de testosterona promovam tumores mais agressivos, como foi sugerido por estudos recentes.
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Outras alterações relacionadas com a obesidade na produção de hormonas, tais como a insulina, o factor de crescimento semelhante à insulina ou a leptina, podem estar também envolvidas no desenvolvimento de um cancro da próstata mais agressivo.(farmacia.com.pt)
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segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Hipertensão pode favorecer o aparecimento de demência

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Um estudo publicado na revista científica “Neurology” revelou que as pessoas com mais de 45 anos têm mais um motivo para controlarem a tensão arterial, uma vez que sofrer de hipertensão nesta idade aumenta a probabilidade de sofrer danos cognitivos e problemas de memória.
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Os resultados da investigação, dirigida pelo Dr. Georgios Tsivgoulis, da Universidade do Alabama, contribuem assim para ajudar na prevenção da demência. O estudo, que incluiu 20 mil participantes com mais de 45 anos, sem qualquer antecedente de enfartes, revelou que a tensão arterial alta nesta população pode afectar a memória.
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Do total de participantes, 9844 (49,6%) reconheceram ter tomado medicação para a hipertensão quando os níveis eram superiores a 140/90 mmHg, sendo que, neste grupo, 1505 apresentavam problemas cognitivos, como falhas de memória ou perda de agilidade mental.
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As conclusões demonstraram ainda que um aumento de dez pontos da pressão sanguínea também elevou a probabilidade de se ter algum tipo de problema em 7 por cento dos participantes.
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De acordo com os investigadores, isto pode dever-se ao facto da pressão sanguínea elevada contribuir para a debilitação das pequenas artérias cerebrais. O Dr. Tsivgoulis explicou que esta investigação é importante para prevenir a demência através do tratamento precoce da hipertensão.(farmacia.com.pt)
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Níveis reduzidos de vitamina D aumentam risco de problemas coronários em diabéticos

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Investigadores norte-americanos afirmam que os diabéticos com níveis deficitários de vitamina D não consegue processar bem o colesterol, acumulando-se nas artérias.
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O investigador principal deste estudo, o doutor Carlos Bernal-Mizrachi, afirmou que quando as pessoas têm deficiência da vitamina D nas células macrófagas, libertadas pelo organismo em resposta a inflamações, acabam por consumir mais colesterol, tendo dificuldades em livrar-se dele.
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"A vitamina D inibe o consumo de colesterol por parte das células macrófagas" afirmou Bernal-Mizrachi em comunicado. "Estas células acabam por se misturar com o colesterol, tornando-se num dos primeiros sinais de arteriosclerose", acrescentou o investigador.
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Os cientistas procederam ao estudo das células macrófagas provenientes de pessoas com e sem diabetes, bem como deficiência de vitamina D. Quando os níveis desta vitamina estavam baixos, as células macrófagas provenientes de pacientes diabéticos tinham uma probabilidade maior de levar a problemas de arteriosclerose.
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Assim, eles aconselham a tomar vitamina D, especialmente pessoas com esse tipo de problemas, de forma a prevenir futuras complicações.(farmacia.com.pt)
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Medicamento para hipertensão pode ser eficaz contra a esclerose múltipla

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Estudo efectuado em ratos de laboratório afirma que um fármaco para a hipertensão pode ser eficaz contra a esclerose múltipla, impedindo, e possivelmente revertendo, as paralisias resultantes da doença.
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A equipa de investigadores da Faculdade de Medicina de Stanford, nos Estados Unidos, provocou lesões cerebrais nos animais semelhantes às responsáveis pela esclerose múltipla nos humanos. Posteriormente foram tratados alguns ratos com o fármaco Prinivil (lisinopril), um medicamento genérico indicado para o tratamento da hipertensão.
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Os ratos que foram administrados com o medicamento produziram uma quantidade elevada de células imunológicas denominadas por linfócitos T, sendo que essas células actuam impedindo nos ratos de laboratório e nos humanos as doenças auto-imunes nas quais o sistema imunitário ataca células e tecidos saudáveis do organismo.
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Os animais que foram tratados com o medicamento não desenvolveram sintomas da doença, enquanto que os que já estavam paralisados tiveram um desaparecimento rápido da sua paralisia.
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Segundo Lawrence Steinman, autor do estudo, os resultados da pesquisa sugerem que o lisinopril pode ter os mesmos efeitos em pessoas com esclerose múltipla e outras doenças auto-imunes.
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A Esclerose Múltipla é uma doença inflamatória crónica do sistema nervoso central que interfere com a capacidade do mesmo em controlar funções como a visão, a locomoção, e o equilíbrio, entre outras.
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Estima-se que em Portugal esta doença afecte cerca de cinco mil pessoas.(farmacia.com.pt)
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sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Pipocas podem ajudar a evitar cancro

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As pipocas e outros cereais contêm quantidades elevadas de antioxidantes conhecidos como polifenóis, normalmente encontrados em frutas e vegetais, e que têm potencial para diminuir o risco de cancro e doenças cardíacas.
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Os polifenóis são a principal razão pela qual frutas e legumes, e alimentos como chocolate, vinho, café e chá, se tornaram conhecidos devido ao seu potencial para diminuir o risco de doenças. Acreditava-se que esses cereais eram alimentos saudáveis e que ajudavam a combater o cancro e doenças cardíacas devido ao seu elevado teor de fibra, mas ainda não tinha sido comprovado a grande presença de polifenóis, segundo os autores deste estudo.
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“Mais recentemente os polifenóis emergiram como potencialmente mais importantes. Os cereais matinais, macarrão, biscoitos e salgados feitos à base de grãos (como o das pipocas) constituem mais de 66% do consumo de grãos na dieta americana”, Joe Vinson, autor do estudo.
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Os cientistas acreditam que a quantidade de antioxidantes encontrada nos cereais integrais é comparável à encontrada nas frutas e legumes. Já os polifenóis são substâncias químicas encontradas em diversas frutas, legumes e outras plantas, como frutas vermelhas, nozes, azeitonas, folhas de chá e uvas. Por serem antioxidantes, eles removem os radicais livres do corpo, as substâncias que têm potencial para danificar as células e tecidos do organismo.
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Os cereais integrais com maior quantidade de antioxidantes são feitos com trigo, milho, aveia e arroz. As farinhas integrais também têm alto teor de antioxidantes, salgados de grãos integrais têm ligeiramente menor quantidade de antioxidantes do que cereais matinais, e dentro do grupo dos salgados as pipocas são as mais ricas em antioxidantes, segundo o autor do estudo.(farmacia.com.pt)
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Vinho pode proteger mulheres contra efeitos secundários da radioterapia

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Estudo afirma que uma taça de vinho por dia pode reduzir os riscos de efeitos secundários provenientes da radioterapia em mulheres que estão em tratamento para o cancro da mama.
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A equipa de investigadores acredita que a bebida pode ajudar a prevenir os problemas de pele enfrentados por dois terços das mulheres submetidas ao tratamento com radiação. Os autores destacam que essas manifestações dermatológicas encontram-se entre os principais efeitos adversos da radioterapia, sendo que os medicamentos indicados para a prevenção desses problemas têm um custo elevado, podendo inclusive proteger as células de tumor da mama.
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Foram avaliadas 348 mulheres com cancro da mama neste estudo, tendo as mesmas sido dividas em três grupos, de acordo com a dose de radiação recebida. Os investigadores notaram que consumir vinho nos dias de tratamento estava associado a menores taxas de toxicidade aguda, concluindo assim que tomar um cálice de vinho representava uma taxa de toxicidade de 13,6%, comparado aos 38,4% entre as que não consumiam a bebida.
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"Se o vinho pode prevenir a toxicidade induzida por radioterapia sem afectar a eficácia anti-tumor, como observamos, ele também tem o potencial de aumentar os benefícios terapêuticos em pacientes com cancro, sem aumentar o seu risco de efeitos colaterais graves", destacou o oncologista Vincenzo Valentini, autor do estudo.(farmacia.com.pt)
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Obesidade e tabaco são responsáveis por até 70% dos cancros

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Especialistas alertam que factores de risco como a obesidade ou o tabaco são os responsáveis por até 70 por cento de todos os casos de cancro.
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A Dra. María Álvarez, oncologista do Instituto Madrileno de Oncologia e assessora da Associação Espanhola contra o Cancro, mencionou outros factores de risco, como a exposição solar prolongada ou uma dieta inadequada muito rica em gorduras, além da obesidade, que aumenta o risco de sofrer de cancro até 50 por cento, e do tabaco, que é um factor importante para o desenvolvimento de tumores.
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A oncologista destacou que o cancro pode ser prevenido numa percentagem muito elevada de casos, o que depende dos factores externos citados.
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A especialista explicou ainda que existem três tipos de prevenção: os tratamentos de prevenção primária, secundária e terciária.
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Em relação à prevenção primária, esta consiste numa série de actuações para evitar que se entre em contacto com o agente cancerígeno. Neste âmbito, figuram factores como não fumar, evitar a obesidade, fazer exercício físico, não consumir álcool, ter hábitos de alimentação saudáveis, nos quais se incluam frutas e verduras, ter as vacinas em dia, manter a segurança no trabalho, pois existem actividades onde os trabalhadores estão em contacto com substâncias cancerígenas.
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Por outro lado, a prevenção secundária pretende diagnosticar a tempo um tumor, ou seja, impedir a evolução do cancro mediante um diagnóstico precoce, mesmo quando o tumor ainda não apresentou sintomas.
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Por último, a prevenção terciária acontece após o cancro ser diagnosticado. Neste âmbito, englobam-se os tratamentos oncológicos e as medidas psicossociais para a reabilitação do paciente.(farmacia.com.pt)
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Estudo revela que fumar pode reduzir sentido do paladar

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Um estudo realizado por investigadores da Universidade Aristóteles de Tessalónica, na Grécia, publicado na “BMC Ear, Nose and Throat Disorders”, demonstrou que o tabaco pode reduzir o sentido do gosto (paladar), através da análise das línguas de 62 soldados gregos.
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Os investigadores, dirigidos pelo Dr. Pavlidis Pavlos, utilizaram a estimulação eléctrica para testar o início do sentido gustativo dos participantes do estudo e endoscopias para medir o número e a forma de um tipo de papila gustativa denominada papila fungiforme.
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De acordo com o Dr. Pavlos, foram encontradas diferenças estatisticamente importantes entre o início do sentido gustativo dos fumadores e dos não fumadores, e relativamente à forma e à vascularização da papila fungiforme.
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Quando se aplica electricidade na língua, apenas se consegue sentir um sabor metálico. Através da medição da quantidade de corrente que uma pessoa necessita de receber para que tenha essa sensação, determina-se a sua sensibilidade ao sabor. Os 28 fumadores apresentaram piores resultados do que os 34 não fumadores.
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Através da utilização do endoscópio, os investigadores descobriram que as línguas dos fumadores tinham menor irrigação sanguínea na referida papila gustativa.
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Os investigadores concluíram que a nicotina pode causar alterações funcionais e morfológicas nas papilas gustativas, pelo menos, em adultos jovens.(farmacia.com.pt)
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Cerveja pode fortalecer ossos de mulheres

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Hormona presente na cerveja pode ser responsável pelo efeito fortificante nos ossos.
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Segundo investigadores espanhóis, as mulheres que bebem quantidades moderadas de cerveja podem fortalecer os ossos.
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O estudo analisou cerca de 1700 mulheres, tendo verificado que a densidade dos ossos era melhor em mulheres que consumiam regularmente, comparativamente às mulheres que não bebíam.
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A equipa de investigadores alertou, no entanto, que o efeito está mais ligado a hormonas de plantas presentes na cerveja do que ao álcool, e por isso estes resultados devem ser levados com cautela, até porque quantidades a mais da substância podem provocar o efeito adverso.(farmacia.com.pt)
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Sensibilidade à luz pode indicar várias doenças oculares

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A fotofobia, uma forte sensibilidade dos olhos à luz, pode ser uma reacção do organismo ao excesso de luminosidade, mas também pode ser indício de problemas mais sérios, como astigmatismo ou uveíte, segundo Eduardo Rocha, oftalmologista brasileiro. O especialista recomenda assim que a investigação oftalmológica seja realizada assim que os sintomas devido à claridade excessiva apareçam.
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As queixas mais comuns são a dificuldade de sair durante o sol sem a protecção de óculos escuros, ou dores de cabeça no final de dias com muita claridade.
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"A retina é formada por células fotossensíveis. Quando há algum problema, os olhos passam a repelir o excesso de informação, no caso, a luz, gerando o desconforto", adiantou o especialista.
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Eduardo Rocha sublinha que a fotofobia é, geralmente, um sinal de processos inflamatórios no globo ocular, sejam intra ou extra-oculares, e que dificilmente ocorre num olho "normal".
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"Muitos pacientes procuram o oftalmologista queixando-se de intolerância à luz. No entanto, depois de uma análise mais detalhada, descobre-se que a pessoa tem algum tipo de doença ocular, como um astigmatismo mal corrigido, conjuntivite ou uveíte", concluiu o especialista, alertando para a importância de procurar um médico quando surgem os primeiros sintomas.(farmacia.com.pt)
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quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Avaliação da qualidade de vida relacionada à saúde após reconstrução da mama

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Segundo um estudo publicado na revista British Journal of Surgery, a qualidade de vida relacionada à saúde é bastante importante após a reconstrução da mama. A equipa de investigadores observou os métodos actuais de avaliação da qualidade de vida relacionada à saúde de pacientes submetidas a este tipo de cirurgia através da análise de 60 mulheres, sendo que 42% das mesmas tiveram problemas.
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As mulheres que registaram complicações foram duas vezes mais propensas a relatar sentimentos de menor feminilidade e insatisfação com a aparência.
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O estudo veio demonstrar que os instrumentos actuais de avaliação da qualidade de vida relacionada à saúde não são sensíveis o suficiente para detectar problemas clinicamente relevantes após reconstrução da mama, uma questão que na opinião dos investigadores deve ser aprofundada.(farmacia.com.pt)
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Erva chinesa demonstra-se promissora para a artrite reumatóide

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Num estudo, a erva chinesa Tripterygium wilfordii Hook F (TwHF) demonstrou ser mais efectiva do que o fármaco anti-inflamatório sulfasalazina em pacientes com artrite reumatóide.
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A Dra. Raphaela Goldbach-Mansky, do Intituto Nacional de Saúde, em Bethesda, referiu à Reuters Health que o mecanismo de acção desta erva ainda não é totalmente compreendido, mas parece ser diferente dos fármacos actualmente disponíveis.
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A investigadora acrescentou que a TwHF poderá vir a ser acrescentada no futuro às opções de tratamento actualmente disponíveis para a artrite reumatóide.
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Os médicos frequentemente prescrevem sulfasalazina ou outros fármacos anti-inflamatórios para o tratamento inicial da artrite reumatóide. Contudo, muitos pacientes descontinuam os fármacos devido à falta de melhorias ou aos efeitos secundários.
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Este remédio chinês à base de ervas, também conhecido como "lei gong teng", tem-se demonstrado promissor no tratamento de outras doenças auto-imunes e inflamatórias.
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No actual estudo, publicado na “Annals of Internal Medicine”, a Dra. Goldbach-Mansky e colegas administraram aleatoriamente a 121 pacientes com artrite reumatóide TwHF, três vezes por dia, ou sulfasalazina, duas vezes por dia, durante 24 semanas.
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Os investigadores relataram que muitos pacientes de ambos os grupos descontinuaram o tratamento. Contudo, entre aqueles que continuaram o tratamento durante as 24 semanas, as melhorias dos sintomas articulares foram maiores com a TwHF (67%) do que com a sulfasalazina (36%) e os efeitos adversos foram similares.
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Os investigadores concluíram que as rápidas melhorias nos sintomas articulares podem fazer do extracto de TwHF uma alternativa atractiva e pouco dispendiosa aos fármacos anti-inflamatórios.(farmacia.com.pt)
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Consumo elevado de cafeína pode aumentar dores de cabeça

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Um estudo publicado na “The Journal of Headache Pain” revelou que os grandes consumidores de cafeína têm mais possibilidade de sofrer dores de cabeça ocasionais, em comparação com aquelas pessoas que consumem menos cafeína.
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A cafeína é o estimulante mais consumido no mundo e é conhecida por provocar tanto efeitos positivos como negativos nas dores de cabeça. Contudo, as investigações sobre a relação entre o consumo de cafeína e a dor de cabeça não conseguiram determinar se as pessoas que sofrem habitualmente deste problema deveriam consumir mais ou menos café.
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Para tentar esclarecer esta questão, os investigadores da Faculdade de Medicina da Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia, dirigidos pelo Dr. Knut Hagen, analisaram dados de mais de 50 mil pessoas que responderam a um questionário sobre o consumo de cafeína e a prevalência de dores de cabeça.
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O estudo descobriu que as dores de cabeça eram 18 por cento mais frequentes nos grandes consumidores de cafeína (500 mg por dia ou mais) do que nas pessoas com um consumo reduzido deste estimulante (125 mg por dia).
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Contudo, dadas as características do estudo, não foi possível concluir se um elevado consumo de cafeína produz dores de cabeça não frequentes. Não foi possível perceber se a cafeína causa dor de cabeça ou se as pessoas com tendência para deste transtorno bebem mais cafeína em busca de alívio.
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Uma possibilidade é que o consumo de cafeína faz com que as dores de cabeça crónicas se convertam em pontuais. Não obstante, o Dr. Hagen recomendou que as pessoas com tendência para sofrer dores de cabeça reduzam o consumo de café.
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O investigador explicou que as pessoas que sofrem de dores de cabeça deveriam conhecer o seu consumo de cafeína, uma vez que este pode ser uma das causa das suas queixas.(farmacia.com.pt)
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Fumar agrava as consequências da esclerose múltipla

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Um estudo publicado na revista científica “Neurology” revelou que as pessoas com esclerose múltipla que fumam apresentam um maior risco de sofrer uma atrofia cerebral, assim como outras lesões cerebrais próprias desta doença do sistema nervoso central.
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O Dr. Robert Zivadinov, da Faculdade de Medicina da Universidade de Nova Iorque, analisou tomografias cerebrais de 369 pessoas, com uma média de 44 anos, a quem tinha sido diagnosticada esclerose múltipla há cerca de 12 anos.
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Através de questionários, 240 pacientes declararam ser não fumadores, 96 declararam ser fumadores, sendo aqueles que consumiam mais de 10 cigarros por dia, e 32 declararam ser ex-fumadores, tendo abandonado o hábito, pelo menos, seis meses antes do início do estudo.
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Os resultados revelaram que os fumadores com esclerose múltipla padeciam de até 17 por cento mais lesões cerebrais. Além disso, o tamanho do cérebro destes pacientes era menor e tinham ventrículos 13 por cento maiores.
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O investigador referiu ainda que fumar potencia a gravidade e a progressão da doença.
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O estudo assinalou também que os fumadores afectados por este transtorno neurodegenerativo têm uma maior probabilidade de sofrer problemas motores.(farmacia.com.pt)
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Quase metade dos medicamentos é usado de forma irracional em todo o mundo

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A Organização Mundial de Saúde (OMS) acredita que quase metade dos fármacos utilizados mundialmente são utilizados de forma incorrecta, sendo que os efeitos adversos do uso dos mesmos é mesmo uma das seis causas principais de morte nos Estados Unidos.
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Os especialistas da OMS chegaram a esta conclusão após recolherem e analisarem dados sobre a utilização e disponibilização dos medicamentos a nível global, que são mais de vinte mil.
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Entre os exemplos de utilização inadequada encontra-se o “super-tratamento” de doenças simples, a má utilização de antibióticos, a automedicação, tratamentos incompletos ou incorrecto de doenças sérias.
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A má utilização de antibióticos pode ser particularmente perigosa pois pode levar à criação de resistência por parte de bactérias, algo que já aconteceu com o medicamento padrão de tratamento para a malária, por exemplo.
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Actualmente existe também a preocupação por parte do uso irracional do Tamiflu devido a possíveis casos de resistência ao fármaco no tratamento da gripe A (H1N1).
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Desta forma, os especialistas alertam para que se evite auto-medicação, e em caso de tratamentos prescritos pelos médicos estes devem ser levados até ao fim.(farmacia.com.pt)
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Contacto com areia da praia pode provocar doenças

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Segundo investigadores da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, a areia da praia pode ter elevadas concentrações de bactérias de origem fecal, apesar do risco de doença associado ao contacto não ser ainda totalmente compreendido.
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Os especialistas avaliaram os frequentadores de sete praias americanas entre 2003 e 2005, e depois em 2007, tendo os mesmos sido inquiridos relativamente ao seu contacto com a areia no dia da visita à praia.
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Após entre dez a doze dias da visita, os participantes receberam um telefonema onde foram questionados sobre sintomas que poderiam ter surgido após a visita à praia, tendo os investigadores verificado que o hábito de cavar a areia estave associado com doençasgastrointestinais e diarreia, uma associação que foi mais forte entre aqueles que foram enterrados na areia.
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A pesquisa foi publicada na revista American Journal of Epidemiology. (farmacia.com.pt)
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quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Excesso de peso provoca maior desgaste nas articulações

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Segundo um estudo publicado na revista científica Radiology, o excesso de peso e a obesidade podem causar um impacto significativo na artrite, provocando um desgaste mais acelerado das cartilagens do joelho.
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A equipa investigadores avaliou 336 pacientes com excesso de peso e que apresentavam risco de osteoartrite, uma doença das articulações que progride lentamente, mas que pode piorar mais rapidamente em alguns pacientes.
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Durante 30 meses de acompanhamento, 20,2% tiveram uma perda lenta de cartilagem, sendo que em quase 6% esse desgaste era mais rápido.
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Juntamente com a pré-existência de um dano ou lesão na cartilagem, as análises revelaram que a inflamação nas articulações e acumulação de líquido nas juntas e o excesso de peso e a obesidade estavam associados a uma rápida perda de cartilagem.
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Para cada unidade a mais no IMC (índice de massa corporal), havia um aumento de 11% nos riscos de perda rápida de cartilagem.
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"Sabemos que a perda de peso é, provavelmente, o factor mais importante para retardar a progressão da doença", afirmou Frank W. Roemer, líder do estudo.
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"Mais estudos terão de mostrar se outras medidas, como vitaminas ou tratamento direccionado das lesões na medula óssea irão ajudar a retardar a progressão", acrescentou o especialista, destacando ainda que a doença não tem cura.(farmacia.com.pt)
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Exposição ao fumo de tabaco pode ser um factor de risco para infecções em bebés

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Um estudo da Universidade de Creta, na Grécia, avaliou o efeito do fumo de tabaco na frequência e gravidade de infecções comuns durante a infância.
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Analisando uma amostra de 926 bebés. os investigadores deram particular atenção ao tabagismo dos pais, durante o primeiro o nono mês após o parto, e o número de infecções nos meses 1, 3, 6, 9 e 12 pós-parto. Os resultados revelaram que a exposição ao fumo de tabaco aumentou o número de infecções e hospitalizações devido a infecção.
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Entre os bebés expostos, o número de infecções e hospitalizações foi também maior naqueles nascidos durante a época do Outono ou que tinham irmãos.
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Os cientistas notaram ainda que o leite materno agia como protector contra os efeitos da exposição ao fumo nas infecções, e ainda ao número de hospitalizações devido a infecção e candidíase, alertando que este tipo de exposição deve ser limitada e prevenida, especialmente durante esta faixa etária.(farmacia.com.pt)
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Investigadores identificam um possível alvo terapêutico contra a osteoartrite

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Investigadores da Universidade de Medicina de Hannover, na Alemanha, identificaram um possível alvo terapêutico contra a osteoartrite.
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A osteoartrite é uma doença degenerativa das articulações que conduz a uma destruição progressiva da cartilagem. Uma enzima conhecida como ADAMTS-5 é crucial para a decomposição da cartilagem em pacientes com a doença.
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Os investigadores, liderados pelo Dr. Frank Echtermeyer, indicaram que a sindecana-4, uma proteína de membrana, encontra-se especificamente nas células da cartilagem de humanos e ratos com osteoartrite. Além disso, a perda de sindecana-4 protegeu os ratos dos danos osteoartríticos.
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Os investigadores descobriram que a inibição da sindecana-4 diminui de forma significativa a actividade da ADAMTS-5 e consequentemente expõe um mecanismo, desconhecido até ao momento, de acção da enzima ADAMTS-5.
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Estes dados, publicados na “Nature Medicine”, indicam que as estratégias dirigidas à inibição da sindecana-4 poderão ser de grande valor para o tratamento dos danos na cartilagem produzidos pela osteoartrite.(farmacia.com.pt)
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Fármaco oral aumenta sobrevivência de pacientes com cancro da próstata avançado

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Investigadores britânicos referiram que o clodronato de sódio oral melhora a sobrevivência geral de pacientes com cancro da próstata avançado, mas não reduz o risco de morte naqueles que têm doença localizada.
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Os investigadores relataram os resultados de sobrevivência a longo prazo de mais de 800 homens que participaram em dois ensaios lançados em 1994. Estes ensaios examinaram os efeitos do clodronato de sódio em pacientes com cancro da próstata avançado (311 homens) ou cancro da próstata localizado (508 homens).
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Os pacientes com cancro da próstata avançado que receberam o fármaco tiveram uma taxa de morte 23 por cento mais baixa do que os pacientes que tomaram placebo. Após cinco anos, a sobrevivência geral era de 30 por cento entre os homens que tomaram clodronato de sódio e de 21 por cento entre os pacientes que receberam placebo. Após dez anos, as taxas de sobrevivência eram de 17 e 9 por cento, respectivamente.
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Contudo, o fármaco não ofereceu melhorias na sobrevivência geral para os homens com cancro da próstata localizado. Após cinco anos, a sobrevivência geral era de 78 por cento entre os que tomaram clodronato de sódio e de 80 por cento entre os que receberam placebo. Após dez anos, as taxas de sobrevivência eram de 48 e 51 por cento, respectivamente.
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Pensa-se que as descobertas, publicadas na “The Lancet Oncology”, são as primeiras a demonstrar um benefício na sobrevivência geral concedido por um bifosfonato oral, quando administrado em adição à terapia hormonal standard, para os homens com metástases ósseas que estão a iniciar ou a responder à terapia hormonal.
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O Dr. Matthew Sydes, da Unidade de Ensaios Clínicos do Conselho de Investigação Médica, e colegas referiram que, contudo, não existem evidências de que o clodronato de sódio tenha qualquer benefício quando administrado como tratamento adjuvante em homens com cancro da próstata não metastático.(farmacia.com.pt)
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Bactérias intestinais podem aumentar risco de doença inflamatória intestinal

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Um estudo revelou que um surto de diarreia provocado pelas bactérias intestinais Salmonella ou Campylobacter aumenta as probabilidades de desenvolver doença inflamatória intestinal, sendo que o risco persiste 15 anos ou mais após a infecção.
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O Dr. Henrik Nielsen, do Hospital Universitário de Aarhaus, em Aalborg, na Dinamarca, e colegas referiram que o risco é particularmente elevado para os pacientes hospitalizados.
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A doença inflamatória intestinal (DII) refere-se a várias doenças, incluindo a Doença de Crohn e colite ulcerativa, caracterizadas por inflamação crónica dos intestinos, o que leva a sintomas como dor abdominal e diarreia.
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Os investigadores, no estudo publicado na “Gastroenterology”, compararam os riscos de doença inflamatória intestinal entre 13.148 pacientes com gastroenterite documentada provocada por Salmonella ou Campylobacter e 26.216 controlos não infectados.
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Durante um período de 7,5 anos, a doença inflamatória intestinal foi diagnosticada pela primeira vez em mais pacientes com gastroenterite (107 ou 1,2%) do que em controlos saudáveis (73 ou 0.5%).
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O risco acrescido de doença inflamatória intestinal, devido à exposição a estas bactérias intestinais, foi mais elevado durante o primeiro ano.
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Os investigadores, após terem tido em consideração uma variedade de factores que poderiam influenciar o risco, descobriram que os pacientes com bactérias intestinais tinham aproximadamente um risco três vezes mais elevado de desenvolver doença inflamatória intestinal, durante o período total do estudo, e aproximadamente um risco duas vezes mais elevado no primeiro ano após a infecção.
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O risco de doença inflamatória intestinal era cinco vezes mais elevado para os pacientes hospitalizados dias antes ou depois do episódio de gastroenterite.
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O risco acrescido de doença inflamatória intestinal, após o episódio de gastroenterite, persistiu ao longo dos 15 anos de observação e foi similar para a Salmonella e para a Campylobacter e para um primeiro diagnóstico de Doença de Crohn e colite ulcerativa.(farmacia.com.pt)
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Novos antibióticos podem inibir proteínas que provocam cancro

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Investigadores estão mais perto de compreender como uma classe de antibióticos, recentemente aprovada, pode actuar contra o cancro.
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Os investigadores da Faculdade de Medicina da Universidade de Illinois, em Chicago, referiram que estes fármacos, denominados antibióticos tiazóis, parecem bloquear uma proteína celular chamada FoxM1, uma das proteínas mais sobreproduzidas nas células cancerígenas.
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Os investigadores pensam que a FoxM1 tem um papel importante na transformação de algumas células em cancerígenas e pode apresentar um alvo promissor para tratamentos anti-cancerígenos futuros.
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A equipa de investigadores também descobriu que os tiazóis podem inibir o proteasoma, um complexo molecular presente nas células que descartam velhas proteínas marcadas para destruição. Recentemente, um número de inibidores do proteasoma tem-se demonstrado promissor contra o cancro. Um desses inibidores, o bortezomib (Velcade), tem provado ser efectivo contra alguns cancros, incluindo o mieloma e determinadas formas de linfomas.
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A nova investigação, publicada online na “PLoS ONE”, aponta para uma possível utilização anti-cancerígena dos tiazóis no futuro. O autor do estudo, o Dr. Andrei Gartel, referiu que, ao se utilizar os antibióticos tiazóis em combinação com inibidores do proteasoma bem conhecidos, poderá ser possível observar-se uma sinergia que irá permitir reduzir claramente a dose de qualquer um destes fármacos e, mesmo assim, matar efectivamente as células cancerígenas.(farmacia.com.pt)
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Enxaqueca pode significar melhor memória

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Um estudo norte-americano identificou uma relação entre a dor e armazenamento de informação durante a enxaqueca.
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A equipa de investigadores da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, testou cerca de 1500 voluntários com idades compreendidas entre os 40 e os 50 anos, tendo identificado que a memória de quem sofre enxaquecas era melhor comparativamente aos que não sofriam desta dor de cabeça crónica.
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A enxaqueca consiste numa doença neurológica que é comum nos países desenvolvidos. É incapacitante e provoca altos índices de absentismo laboral, não tendo actualmente cura, sendo as mulheres em idade produtiva quem mais sofre com esta condição.
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As crises podem variar na duração, entre algumas horas a dias, com uma frequência muito variável.Em Portugal estima-se que a sua prevalência atinja cerca de 10% da população.(farmacia.com.pt)
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Investigadores conseguem reverter esclerose múltipla em ratos

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Investigadores canadianos revelaram que um novo tratamento contra a esclerose múltipla conseguiu reverter completamente a doença em ratos e poderá funcionar exactamente da mesma forma em humanos.
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A esclerose múltipla é uma doença auto-imune, o que significa que o próprio sistema imunitário do paciente ataca o seu sistema nervoso. A terapia, denominada GIFT15, actua ao suprimir a resposta imunológica, pelo que poderá ser efectiva para outras doenças deste grupo como a doença de Crohn, o lúpus e a artrite.
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Os investigadores do Instituto Lady Davis do Jewish General Hospital, integrado na Universidade McGill de Montreal, assinalaram que, teoricamente, esta terapia também poderá controlar a resposta imune no transplante de órgãos.
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Ao contrário dos fármacos imunossupressores anteriores, baseados na química, esta descoberta baseia-se numa terapia celular personalizada, uma vez que toma como ponto de partida as células do próprio paciente.
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A GIFT15 é composta por duas proteínas, denominadas GSM-CSF e interleucina-15, que são fundidas artificialmente em laboratório. Embora separadas estimulem o sistema imunológico, quando combinadas o seu efeito é o contrário.
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O Dr. Jacques Galipeau explicou que o composto converte as células B, um tipo comum de glóbulos brancos, em poderosas células imunossupressoras. Contrariamente às células T, quase não se conhecem células B que, em estado natural, tenham este tipo de comportamento. Na realidade, o próprio conceito de utilizá-las para controlar o sistema imunológico é muito recente.
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O investigador explicou que pegaram em células B normais do sangue dos ratos, acrescentaram-lhes GIFT15 numa placa de Petri e isso converteu-as em reguladoras superpoderosas. Quando voltaram a injectar, por via intravenosa, nos ratos com esclerose múltipla, a doença desapareceu.
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O especialista sublinhou que é preciso tratar a doença nas suas fases iniciais e que ainda não foram realizados testes que confirmem a eficácia e segurança deste tratamento em humanos. Contudo, em laboratório conseguiu-se a cura total dos animais com uma única dose. Além disso, extrair células B de um paciente humano é muito fácil, uma vez que basta retirar uma amostra de sangue.(farmacia.com.pt)
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Investigadores descobrem nova terapia contra a asma

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Investigadores da Faculdade de Medicina da Universidade de Texas, em Galveston, descobriram que a enzima aldose reductase está presente na maioria dos ataques de asma provocados por alérgenos, sendo que a actividade desta enzima pode ser reduzida consideravelmente mediante compostos que já passaram por ensaios clínicos e que habitualmente se utilizam em tratamentos contra a diabetes.
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Através de experiências de cultivo de células humanas e animais, foi possível abrir um novo caminho para se encontrar um potente tratamento contra a asma. Este avanço poderá proporcionar uma alternativa necessária à actual terapia contra a asma, que actualmente se baseia em inalações de doses de corticoesteróides e broncodilatadores difíceis de medir e com diversos efeitos secundários.
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A aldose reductase tem um papel fundamental na activação dos mecanismos celulares que produzem proteínas inflamatórias em doenças como o cancro do cólon, a arteriosclerose, a sépsis ou a uveíte.
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O autor do estudo, o Professor Satish Srivastava, explicou que a administração oral de inibidores da aldose reductase foi efectiva em animais. Se estes medicamentos funcionarem igualmente bem em humanos poder-se-ão administrar oralmente ou através de um inalador, obtendo resultados de longa duração.
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Numa série de experiências in vitro, os investigadores aplicaram um extracto de pólen em cultivos de células epiteliais das vias respiratórias humanas. Alguns destes cultivos tinham sido tratados com um inibidor da aldose reductase.
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As células não tratadas responderam de forma similar como responderiam num ataque asmático, com um aumento do nível de apoptose (suicídio celular), um aumento de espécies reactivas de oxigénio e uma geração a larga escala de moléculas associadas ao processo inflamatório. Por outro lado, as células tratadas com inibidores da aldose reductase apresentaram um nível de apoptose muito inferior, reduziram os níveis de espécies reactivas de oxigénio e apresentaram aumentos muito menores de moléculas relacionadas com a inflamação.
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O próximo passo será a realização de testes clínicos para determinar se os inibidores da aldose reductase podem aliviar os sintomas da asma no ser humano.(farmacia.com.pt)
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Aspirina ajuda a aumentar sobrevivência em pacientes com cancro colo-rectal

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Um estudo publicado na “Journal of the American Medical Association” (JAMA) revelou que a aspirina aumenta a sobrevivência em pacientes com cancro colo-rectal, uma vez que a sua utilização regular após o diagnóstico pode ajudar a reduzir o risco de morte devido ao cancro.
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Os investigadores do Hospital Geral de Massachusetts, do Instituto do Cancro Dana-Farber e do Hospital Brigham e de Mulheres, em Boston, também descobriram que a vantagem da aspririna, em relação à sobrevivência, foi primeiramente observada em pacientes com tumores que apresentavam expressão da enzima COX-2, uma característica de duas terças partes dos cancros colo-rectais.
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De acordo com o responsável do estudo, o Dr. Andrew Chan, embora estudos anteriores tenham demonstrado que a aspirina e outros fármacos anti-inflamatórios não esteróides reduzem o risco de cancro colo-rectal, este estudo está entre os primeiros que demonstram que a aspirina também ajuda a melhorar a sobrevivência nos pacientes que foram diagnosticado com este tipo de cancro.
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O actual estudo envolveu 1297 participantes que foram diagnosticados com cancro colo-rectal em fases 1, 2 ou 3, durante a sua participação no estudo, e sobre os quais se dispunha de dados sobre o consumo de aspirina antes do diagnóstico. Os autores examinaram amostras tumorais de 459 pacientes em relação à expressão da COX-2, uma enzima que está envolvida no desenvolvimento do tumor e que é inibida pela aspirina e outros fármacos associados.
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Os resultados do estudo indicaram que os pacientes que tomavam de forma regular aspirina, após o diagnóstico de cancro colo-rectal, tinham um risco 30 por cento menor de morrer devido ao cancro, durante uma média de 11 anos depois do diagnóstico, em comparação com os pacientes que não tomavam aspirina.
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O benefício foi especialmente forte entre os pacientes que começaram a utilizar aspirina após o diagnóstico. Contrariamente, os pacientes que eram consumidores de aspirina antes do diagnóstico não pareceram beneficiar tanto com a continuação do consumo após o diagnóstico do cancro.
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Como os investigadores suspeitavam, os benefícios relativos à sobrevivência pareceram restringir-se aos pacientes com tumores positivos para a COX-2.(farmacia.com.pt)
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Dieta rica em gorduras afecta resistência e pensamento

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Estudo britânico sugere que as dietas ricas em gorduras podem não só afectar a capacidade física como também a capacidade cognitiva.
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O estudo foi realizado na Universidade de Oxford, no Reino Unido, tendo os investigadores afirmado que as descobertas têm implicações não só para aqueles que consomem demasiados alimentos ricos em gorduras, mas também os atletas que procuram um tipo de dieta ideal para o tipo de treino que realizam, e ainda para pacientes com distúrbios metabólicos.
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"Descobrimos nos ratos que, quando trocávamos uma dieta pobre em gorduras para uma rica em gorduras, havia uma redução bastante significativa na sua capacidade física", afirmou Andrew Murray, líder do estudo.
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"Apenas nove dias depois, os ratos eram apenas capazes de correr 50% do seu percurso na roda na gaiola comparativamente aos que mantiveram uma dieta pobre em gorduras", acrescentou o investigador.
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Os especialistas concluíram assim que uma dieta rica em gorduras pode afectar a capacidade física e metabólica, mesmo num curto espaço de tempo.(farmacia.com.pt)
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Amamentação protege de cancro da mama

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Segundo investigadores norte-americanos, amamentar aumenta a protecção de mães com risco elevado de desenvolver cancro da mama.
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O estudo analisou mais de 60 mil mulheres pré-menopáusicas, durante cerca de 8 anos.
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Entre aquelas com familiares de primeiro grau com cancro da mama, as que amamentam apresentaram um risco 59% inferior de desenvolver a doença antes da menopausa.
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Os resultados do estudo revelaram que a presença da doença na família influencia de forma significativa o efeito protector da amamentação. As participantes do grupo observado que não tinham historial de tumores malignos de mama não beneficiavam do efeito protector.
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A equipa de investigadores não conseguiu ainda explicar completamente as causas da protecção contra o cancro nas mulheres que amamentam, mas acreditam que as alterações ocorridas na mama durante esse período, como o aumento do volume das glândulas, possam estar envolvidas no processo.
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Assim, eles acreditam que este poderá ser mais um estímulo para as mulheres que optam pela amamentação, sobretudo em campanhas para o efeito.(farmacia.com.pt)
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Obesidade associada a uma bactéria encontrada na boca

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Estudo norte-americano encontrou forte associação entre a ocorrência de obesidade e a bactéria Selenomonas noxia, encontrada na boca.
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Para a pesquisa foram seleccionadas 313 mulheres saudáveis que tinham excesso de peso ou obesidade, tendo os resultados apontado um grau elevado da presença do microorganismo em mais de 90% das participantes.
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"A bactéria foi encontrada em quantidade muito superior ao normal nas pessoas obesas, a tal ponto que seria possível identificar um indivíduo obeso simplesmente pela presença de certa concentração dessa bactéria em sua boca", afirmou Francisco Groppo, um dos autores do estudo.
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"Este é o primeiro estudo que aponta uma bactéria da boca como tendo implicação na obesidade. Sabemos que várias outras doenças têm implicação directa com bactérias da boca", acrescentou.
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A bactéria Selenomonas noxia não depende de oxigénio para sobreviver, sendo frequentemente encontrada em pacientes com periodontite.Apesar da descoberta, os investigadores afirmam que não é possível ainda tirar conclusões definitivas, sendo necessário aprofundar os estudos.(farmacia.com.pt)
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Calor pode reduzir líquido amniótico em grávidas

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Segundo investigadores israelitas, o calor do Verão pode aumentar os riscos de problemas com os níveis do líquido amniótico, o fluído que envolve o embrião e o protege durante a gestação, em mulheres grávidas.Os especialistas da Universidade Ben-Gurion afirmam que níveis do líquido tendem a ser menores durante o Verão.
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Foram analisadas mais de quatro mil mulheres com esse problema, conhecido como oligoidrâmico, tendo os investigadores descoberto que o maior número de casos de oligoidrâmico idiopático, cerca de 36%, ocorriam durante os meses de Verão.
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"É importante para as gestantes beber a quantidade apropriada de água especificamente no Verão – cerca de dez copos por dia – e evitar o sol directo, não apenas para a saúde das mães, mas também com o objectivo de evitar a desidratação fetal", explicou Eyal Sheiner, um dos investigadores do estudo.(farmacia.com.pt)
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terça-feira, 11 de agosto de 2009

Cancro: Um terço das mortes podem ser evitadas mudando o estilo de vida

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Segundo especialistas da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, se as pessoas adoptarem um estilo de vida com refeições saudáveis, com frutas, hortaliças e grãos integrais, e ainda com exercício físico praticado regularmente, poderiam ter sido evitadas cerca 186 mil mortes por cancro só nos Estados Unidos.
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A investigadora Michele Forman sublinha que há medidas de custo reduzido que visam a prevenção do cancro."O cancro é uma doença que é mais barata de prevenir do que de tratar”, acrescentou a especialista.
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Como forma de prevenir, Michele Forman recomenda evitar o consumo de tabaco, a exposição solar apenas em horários adequados, consultar o médico regularmente de modo a detectar uma possível doença precocemente para que seja mais fácil de ser tratada.
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Para além disso, a especialista sublinha a importância de uma boa alimentação, com frutas e vegetais, e praticar exercício regularmente, correspondente a cinco ou mais vezes por semana.(farmacia.com.pt)
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Menos calorias pode significar melhor memória

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De acordo com um estudo publicado na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences, a redução de calorias pode corresponder a uma memória melhor.
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A equipa de investigadores avaliou voluntários com uma média de 60 anos de idade, tendo os mesmos sido divididos em três grupos, cada um com um tipo de dieta diferente.
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Todos eles tiveram que responder a um questionário antes do início no estudo, e depois passado o período de três meses. Segundo os cientistas, os participantes que tiveram uma dieta com 30% a menos de calorias do que os restantes grupos obtiveram resultados muito superiores no que respeita a memória.
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A equipa de investigadores acredita que este estudo pode servir como incentivo a uma restrição de calorias na alimentação, até porque outras pesquisas semelhantes, efectuadas em animais, sugeriram uma maior longevidade e retardamento de doenças crónicas.(farmacia.com.pt)
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H1N1: Testes rápidos de diagnóstico não são muito precisos

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Segundo especialistas dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC), os testes actuais utilizados para detectar a gripe A (H1N1) deixam passar muitos casos, sendo eficazes apenas entre 40 a 69% deles.
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A equipa de especialistas recorreu a 65 espécimes respiratórios, recolhidos em Abril e Maio, e que estavam infectados com o vírus da nova gripe ou de outras gripes para testar três exames utilizados regularmente para diagnosticar o vírus da gripe A, tendo descoberto que apesar dos testes serem capazes de detectar o vírus nos referidos espécimes, a sensibilidade geral era pequena.
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As descobertas vieram confirmar os alertas do CDC de que os testes instantâneos realizados em algumas clínicas não eram totalmente confiáveis no diagnóstico da nova gripe.
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"O recente aparecimento e disseminação mundial do novo vírus influenza A (H1N1) têm destacado a necessidade de avaliar os testes rápidos para diagnóstico da influenza comercialmente disponíveis e largamente usados", afirmaram os especialistas.(farmacia.com.pt)
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Melhor qualidade de esperma significa mais tempo de vida

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Um estudo dinamarquês, publicado no American Journal of Epidemiology, afirma que os homens que têm esperma mais saudável têm uma maior longevidade e qualidade de vida.
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A equipa de investigadores acompanhou mais de 40 mil homens dinamarqueses com mais de 40 anos, entre 1963 e 2000, tendo observado que quanto maior era a quantidade de sémen disponível, maior a longevidade.
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Os investigadores analisaram ainda a mobilidade dos espermatozóides disponíveis nas amostras, notando que também ela está relacionada com a saúde masculina.
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"Não importa para onde olharmos, o risco de morrer é reduzido se houver uma boa qualidade de esperma, comparado à baixa (qualidade). Quanto pior a qualidade do sémen, maior os riscos de morrer", afirmou Tina Jensen, investigadora da Universidade do Sul da Dinamarca.
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A boa qualidade do esperma não foi apenas relacionada com a redução nos casos de doenças ligadas ao aparelho reprodutor. Homens com esperma de qualidade também revelaram-se ainda mais resistentes a alergias respiratórias, problemas no aparelho digestivo e até doenças mais graves, como o cancro.
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Os investigadores notaram ainda que homens com mais longevidade eram pais, sendo um sinal claro de que homens férteis vivem mais.(farmacia.com.pt)
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